O que faz um diferencial do seu carro? Como funciona, quais os diferentes tipos e quais os sinais de que está na hora de trocá-lo? Continue lendo para descobrir!

O papel do diferencial no trem de força

Os diferenciais recebem força do eixo de acionamento e a entregam às rodas. Um diferencial consiste em muitos componentes diferentes. O eixo acionador normalmente se conecta ao eixo/redutor de pinhão através de uma junta universal. 

A engrenagem de pinhão, por sua vez, gira uma engrenagem anelar muito maior, que é fixada à duas engrenagens aranha paralelas, se fixam às engrenagens laterais que estão no final dos dois eixos. 

Os eixos são fixados ao seu cubo, que é a peça que se conecta à roda. Todas essas coisas juntas permitem que as rodas girem em diferentes velocidades e são fundamentais no movimento do carro.

Quando você faz uma volta, uma das rodas em seu diferencial deve girar mais afiada que a outra e, portanto, é necessário que o diferencial tenha a capacidade de permitir que as rodas giram em velocidades diferentes.

Tipos de diferenças

• Diferenciais abertos: o tipo mais comum proveniente dos fabricantes. Um diferencial aberto divide o torque igualmente para ambas as rodas. Quando um pneu perde tração, aplica-se menos torque a ambas as rodas até que a tração seja restabelecida. Estes são bons para veículos do dia-a-dia, pois permitem que as rodas girem em diferentes velocidades e ajudam a garantir um giro suave.

• Diferenciais de escorregamento limitados: funciona principalmente como um diferencial aberto, a única diferença é que ele tem um componente adicional, sendo um conjunto de placas de embreagem, um trem de engrenagem diferencial mais complexo ou um fluido viscoso especial. Um destes três componentes detecta quando uma roda perde tração e envia torque para ambas as rodas em vez de um para recuperar a tração.

• Diferenciais de travamento: Um diferencial de travamento é similar aos dois diferenciais anteriores, a única diferença é que o usuário é capaz de selecionar se o trem de tração está aberto ou travado. Esta característica é ótima para se ligar quando se está em situações onde se precisa de mais tração como na areia, barro ou subida com lama, mas pode ser um problema se está trafegando numa superfície dura. 

Quando o veículo está travado e entra em uma curva, ambas as rodas estão tentando girar exatamente na mesma velocidade, isto é impossível porque uma das rodas está tomando um caminho mais curto. Esta complicação pode levar a quebra de eixos, uma vez que o atrito de aderência entre o pneu e o pavimento não permite que as rodas girem a velocidades diferentes e o torque é transferido para os componentes mais fracos, sendo tipicamente o eixo.

• Diferenciais de Vetorização de Torque: é a forma mais complexa de diferencial e consiste em trens de engrenagem extras e com muitos sensores e computadores que controlam precisamente quanto torque é dado a cada roda. Enquanto em outros veículos, há apenas um aspecto mecânico, quanto ao que controla a mudança de torque. Estes são tipicamente encontrados em sedãs esportivos de luxo ou crossovers, como Audi, Lexus e BMW. Estes não são usados na maioria dos veículos devido ao custo de produção e à complexidade do próprio sistema.

Relação de engrenagens

Uma relação de engrenagem diferencial é a diferença entre o número de dentes na engrenagem do anel e a engrenagem do pinhão. Se sua engrenagem anelar tem 41 dentes e sua engrenagem de pinhão tem 11 dentes (as engrenagens de pinhão são sempre menores), sua relação de engrenagem seria de 41/11 ou 3,73. 

Isto significa que o eixo de acionamento (lembre-se que o eixo de acionamento está diretamente conectado à engrenagem do pinhão através da articulação U) teria que girar 3,73 rotações para que as rodas tenham 1 giro completo. Este sistema aparentemente complexo permite aos fabricantes controlar o torque/aceleração e as capacidades de velocidade máxima com base nos propósitos funcionais do carro. 

Quanto mais alta a relação da engrenagem (por exemplo, 5,13), mais os eixos de acionamento têm que dar voltas para girar as rodas. Isto é ótimo para veículos que precisam de mais torque, como carros 4×4, 4WD, porque aumenta sua força e tração. Uma relação de engrenagem mais alta, geralmente está ligada ao fato dos materiais serem mais duráveis também.

Uma relação de engrenagem mais baixa (por exemplo, 3,73) é boa para carros menores que não precisam de tanto torque ou potência distribuída nas rodas. Estes carros são mais eficientes no consumo de combustível e melhores para uso na cidade.

Manutenção

Conhecer os sinais de falha de um diferencial é crucial para manter seu carro na estrada. Então, vamos lá, a primeira coisa que você precisa saber para mantê-lo funcionando é que existe um fluido dentro dele, que deve ser substituído a cada 30.000 – 60.000 kms. Mas lembre-se que cada fabricante recomenda algo específico para a sua marca ou modelos. 

Para ter certeza de com que frequência seu fluido deve ser substituído, que tipo de fluido usar e a quantidade, consulte o manual do seu veículo.

Outro componente crucial que precisa ser reparado regularmente é seu sistema de frenagem. As pastilhas devem geralmente ser substituídas a cada 10.000 – 20.000 km e os rotores a cada 50.000 – 70.000 km.

Sinais de que o diferencia está falhando

Além das mudanças regulares de fluidos, a inspeção cuidadosa do diferencial também deve ser feita com frequência. Componentes como os rolamentos das rodas, às juntas universais, engrenagens internas e eixos tendem a fazer ruídos quando começam a falhar. 

Se você ouvir qualquer tipo de metal batendo, rangendo ou vibrando vindo da parte da frente ou detrás do seu veículo, é importante que você o examine imediatamente. Para isso, inspecione seu diferencial visualmente as peças para detectar sinais de falha nos componentes.

Se você vir pontos úmidos ou molhados ao redor do diferencial em qualquer lugar, isto pode ser um sinal de que um dos muitos selos que mantêm o fluido dentro do diferencial está falhando. Estas vedações desempenham um papel muito importante para manter o fluido do diferencial dentro dele, permitindo que o fluido evite que os componentes metálicos fiquem muito quentes. 

Além de manter o fluido, estes selos também mantêm sujeira, areia e água fora dessa peça. Ter resíduos no diferencial é muito ruim, pois cria mais atrito entre as engrenagens em movimento e leva a falhas catastróficas. Enquanto procura por vazamentos de fluido, esteja atento também a qualquer coisa que pareça fora do lugar, muitas vezes os componentes que estão quebrados ou na saída ficarão fora de linha.

O que fazer quando for preciso trocar o diferencial

Se seu diferencial começar a falhar, não se preocupe! Você tem opções. Primeiro, você pode levá-lo a uma oficina, mandar repará-lo ou substituir o diferencial. Reparos diferenciais podem ser caros quando coisas como engrenagens precisam ser substituídas, mas podem ser bem baratos, quando se trata apenas de uns selos que precisam ser substituídos. 

Uma ótima opção e a mais barata de todas é comprar uma peça original usada da marca e modelo exato do seu veículo. Você não quer comprar um diferencial novinho em folha para um veículo que esteja na metade ou mais de sua vida útil, isso seria um desperdício de dinheiro. 

Agora, você pode estar se perguntando, onde posso encontrar um diferencial usado sem pagar uma fortuna? 

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